sexta-feira, 24 de junho de 2011
“Sempre Teremos Paris” – Casablanca (1942) – Michael Curtiz, por Jonathan Wolpert
Sem dúvidas, um dos melhores filmes de todos os tempos, se não, o melhor de todos os filmes já produzidos por Hollywood. Feito pela Warner, dirigido pelo Michael Curtiz e com um elenco de peso, o filme conquistou o Oscar de melhor filme, em 1943, e até hoje arranca suspiro dos espectadores toda vez que é exibido em canais como o TCM ou na própria televisão aberta. Considerado o “queridinho” dos filmes estadunidenses, seu roteiro é baseado na peça teatral de Murray Burnett e Joan Allison.
O filme começa contando a história das pessoas que vivem, ou melhor, esperam em Casablanca (localizada no Marrocos, governado pela França de Vichy) para poderem ir para Lisboa, único caminho “possível” para a América. Um dos pontos mais importantes da cidade é o bar Rick’s comandado pelo Rick Blaine (Humphrey Bogart) que, de primeira, dá a impressão de ser um rico extremamente metido e amargo (o que é verdade, até certo ponto), que não dá a mínima para a política e tenta manter seu bar como um lugar neutro, freqüentado por alemães, franceses e americanos. Rick mantém uma amizade com o Capitão Renault (Claude Rains), que freqüenta o lugar pois tem prioridade nos jogos de azar.
A trama do filme começa quando um ladrão é preso no bar, esse ladrão entrega a Rick duas cartas que liberam as pessoas que assinarem a irem para Lisboa (no filme, chamadas de Letter Of Transit). Essas cartas se tornam necessárias para o Victor Laszlo (Paul Henreid) e Ilsa Lund Laszlo (Ingrid Bergman), ex-amante de Rick. A partir desse momento, podemos entender mais sobre a história de Rick e Ilsa, com um flashback do romance deles em Paris, embalado pela música “As Time Goes By” interpretada por Sam (Dooley Wilson), e o momento em que Ilsa não vai encontrar Rick na estação para fugir de Paris, que está sendo ocupada pelos Nazistas, deixando apenas um bilhete entregue por Sam.
Victor é intimidado pelo Renault e pelo Strasser (Conrad Vieidt) e precisa pensar em um modo de ir embora de Casablanca para a América. Após esse acontecimento, Ilsa conta para Rick que era casada com Victor (ao qual ela pensou que estava morto, após ter sido enviado para um campo de concentração), na época que eles tiveram um caso em Paris.
Rick se mostra totalmente sentimental quando ajuda um jovem casal a conseguir dinheiro para irem a América, o que nos faz pensar que o filme realmente mostra um apoio ao American Dream e a cultura americana. Victor oferece muito dinheiro a Rick pelas Letters Of Transit, que nega o pedido, e logo pede para Victor perguntar as Ilsa o motivo que ele não vai dar as cartas.
Podemos presenciar um momento histórico em que vemos os hinos da Alemanha e o hino de Paris sendo cantados ao mesmo tempo no bar, prevalecendo o hino de Paris, enquanto os nazistas se calam. Após Victor chegar de uma reunião da resistência, Ilsa vai visitar Rick e pede as cartas, chegando ao seu limite, ameaçando matar Rick com uma arma, mas ela acaba desistindo e admite (o que é algo de muita dúvida no filme, não sabemos se é verdade ou mentira, mesmo no final do filme o próprio Rick dizer que o que ela falou não passa de uma mentira para conseguir as cartas) que ama a Rick.
Rick se encontra com Victor, que o pede uma carta apenas para Ilsa, pois ele a quer ver feliz, logo, Rick se encontra com o Capitão Renault e avisa que vai partir de Casablanca com Ilsa no último vôo da noite e para isso Rick arma uma emboscada para que Victor seja preso, quando na verdade ele tem outros planos. Ele força o Capitão Renault a mandar Victor e Ilsa para Lisboa, e só conta tudo isso para Ilsa no aeroporto, no momento que ele diz a frase clássica do filme: “Sempre Teremos Paris”.
Rick acaba atirando no Major Strasser, que tenta impedir o vôo, mas o Capitão Renault o ajuda a “sair impune” por um momento, e os dois acabam caminhando juntos, na última cena do filme, supondo que seria o início de uma bela amizade.
O filme é um dos mais famosos filmes de todos os tempos feitos pela Warner, indicado a 8 Oscars em que venceu 3 (Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro), e além de tudo, foi um divisor de água para as carreiras de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.
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