sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Zero de conduite", por Cássia Maria Lira Rodrigues


Um filme dirigido por Jean Vigo que teve sua estreia em 7 de abril de 1933 porém foi proibido de ser exibido na França até 15 de fevereiro do ano de 1946 o filme é considerado uma obra prima e além disso é considerado um dos maiores filmes ficcionais libertários do século XX.

O filme é sobre experiências escolares de crianças que vivem em uma escola que tem o sistema repressivo, essas crianças “libertarias” e por que não dizer “endiabradas” realizam verdadeiros atos de rebelião e por vezes vandalismo com o intuito de mudar o método repressivo que lhe impõem os professores e gestores em geral.

Pouco tempo após voltarem de férias as crianças se sentem presas e proibidas de tudo começa daí uma série de “ataques” contra essa repressão de uma forma puramente infantil é contada uma historia que pode ser vista como revolucionaria o simples fato de não querer dormir na hora estipulada ou de tumultuar uma aula e atormentar os professores pode ser tido como uma reação ou melhor é sim tido como uma reação a um sistema impositivo os garotos podem ser visto como uma parcela da população que não esta disposta a aceitar imposições ou seja uma parcela da população que não foi alienada.

Devido ao discurso libertário e revolucionário que o filme traz em si, ele teve sua exibição proibida por 13 anos na França. Ainda assim não perdeu sua força e teve uma influência duradoura: François Truffaut em seu filme “Os incompreendidos” de 1959 presta uma homenagem a Zero de conduite praticamente copiando certas partes do filme.

O filme conta com cenas belíssimas. A que mais me encantou e que talvez seja uma das cenas mais importantes é a dos travesseiros, na qual os garotos são filmados em câmera lenta. Temos a impressão de ver soldados em batalha: as plumas dos travesseiros caem como neve e uma sensação de liberdade paira no ar. A tentativa do vigilante em conter as crianças falha e em seguida eles partem para a definitiva “guerra”: bombardeiam os gestores da escola de cima do telhado e partem, após o bombardeio, vitoriosos telhado acima.

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